Demorei um pouco a me pronunciar sobre o chamado "caso Bruno".
Esperei o desenrolar dos fatos, o pronunciamento dos envolvidos, a apuração da polícia e, principalmente, as declarações do jogador à justiça.
Ainda que não tenhamos o caso esclarecido oficialmente, é evidente que o prejuízo para o jogador e para o clube já aconteceu.
A imagem do clube está estampada em noticiários que não os desportivos. A imagem do jogador algemado, constrangedora as vezes, com certeza ficará na memória de futuros interessados em seu futebol. E digo isso, por saber que o caso não está encerrado e, portanto, não existir ainda uma decisão judicial sobre o envolvimento do jogador.
O Flamengo já se pronunciou, através da sua presidenta, Patrícia Amorim, sobre o encaminhamento que dará ao caso, apesar de, nesta semana, o Vice-Presidente Geral Hélio Ferraz não ter aplicado ao jogador a justa causa, segundo ele com o aval da presidência do clube, por não se sentir "confortável" para o ato.
Este caso, independente da culpabilidade do jogador, deixa claro que algo deve mudar nos bastidores dos clubes de futebol.
O galinho Zico está corretíssimo ao afirmar que o controle do clube tem que extrapolar as quatro linhas. Esta preocupação não deve ser entendida como uma super-proteção ou paternalismo, mas sim, como uma forma de preservar o ambiente do clube e a sua imagem.
Estou, como todos, acompanhando atentamente o desenvolvimento do caso e tenho certeza que em outras oportunidades ainda terei que me manifestar sobre o assunto. Enquanto isso fico na torcida para que a justiça seja feita e que o exemplo permaneça para os futuros jogadores que, como acontece no mundo do futebol, alcançam fama e dinheiro de forma muito rápida.
Estamos de olho.
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